O livro se divide em três partes: Terra e os Senhores Supremos, A Era de Ouro, e A Última Geração. Cada parte tem seus protagonistas e seus mistérios a serem desvendados. E em todos paira o impacto que uma civilização muito mais avançada pode ter em outra. O autor tem ideias interessantes sobre política, religião e sexo. Imagino se muito não passou pelo corte do editor.
Saudações nobres,
O ano começa com uma resenha do Lorde.
O Fim da Infância – Arthur C. Clarke
Heider Carlos
O Fim da
Infância é um livro escrito por Arthur C. Clarke em 1953, baseado em uma
história curta de 1946. Stanley Kubrick queria adaptá-la, mas sua parceria com
o autor acabou resultando em 2001: Uma Odisseia no Espaço. É um daqueles livros
de ficção científica vistos de longe: é mais focado em décadas e dramas
planetários do que em momentos e dramas pessoais. E é um mistério. Ou, melhor
dizendo, uma sequência de mistérios.
Dias antes do
lançamento dos primeiros foguetes pelos Estados Unidos e União Soviética, em
plena guerra-fria, cinco gigantescas naves alienígenas aparecem sobre cinco
grandes capitais. Elas tem uma tecnologia muito além da que a humanidade é
capaz, e são comandadas pelos Senhores Supremos. Eles não reconhecem países, mas
impõe seus termos à ONU. No começo há alguma resistência, mas depois o mundo se
convence de sua insignificância perante os Senhores Supremos. Sob sua ordem o
planeta começa a prosperar. Não há mais guerras nem fronteiras. Robôs passam a
produzir tudo que as pessoas precisam. O padrão de vida aumenta
consideravelmente.
Mas quem são
os Lordes Supremos? Como se parecem? E, principalmente, por que estão aqui?
O livro se
divide em três partes: Terra e os Senhores Supremos, A Era de Ouro, e A Última
Geração. Cada parte tem seus protagonistas e seus mistérios a serem
desvendados. E em todos paira o impacto que uma civilização muito mais avançada
pode ter em outra. O autor tem ideias interessantes sobre política, religião e
sexo. Imagino se muito não passou pelo corte do editor.
1953 estava
mais de uma década antes que o homem pousasse na lua. Por isso o livro tem mais
gosto de uma versão alternativa da nossa própria história do que algo futurista
em si. O primeiro capítulo foi reescrito em 1989, para mudar o destino dos
primeiros foguetes da lua para marte e tirar a União Soviética. Uma mudança
simples que deixa o livro menos datado mas modifica seu escopo.
A edição que
li foi a da Editora Aleph. Ela tem uma capa linda, letras em um tamanho bom, um
ótimo prefácio do autor e dois extras. O primeiro é versão de 1989 do seu
primeiro capítulo. O segundo extra é o conto que originou o livro, Anjo
Guardião. Ambos são mais voltados para quem gostou bastante do livro e estão
devidamente localizadas no final.
Acontece que
eu não gostei tanto... E nem consigo explicar muito bem o porquê. Apenas não
ressoou o bastante comigo. É um livro interessante e agradável, que lida com
temas instigantes de um jeito inteligente. Quando foi lançado deve ter sido um
marco. Hoje em dia mantém um ar retrô charmoso.
E por último
uma curiosidade: Arthur C. Clarke, Tolkien e C. S. Lewis um dia se encontraram
em um bar em Oxford. Não tem nada a ver com o livro, mas é legal pra caralho.
Oii!
ResponderExcluirGente como faz tempo que não leio nada relacionado a ficção cientifica e olha, eu adorava! Não sei se irei gostar deste ou se não irá me agradar tanto como aconteceu com você... mas quem sabe eu não dou uma chance?!
Beijos
Olha, mesmo não tendo lido nada recente ainda eu recomendaria os livros mais novos, tipo os do Scalzi, do Andy Weiss ou do Cixin Liu. Eu estou na minha jornada de leitura de clássicos scifi, mas é mais porque eu sou chato e gosto de coisas antigas e muitas vezes datadas :P
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