A Chama da Esperança




Livro: A Chama da Esperança - A Princesa Renegada (Parte 1)
Autora: M. V. Garcia
Editora: Arwen
Sinopse: UMA HISTÓRIA DE AMOR, GUERRA E ESPERANÇA. O mundo de Yuan sempre foi dividido entre humanos e feiticeiros. Medo, preconceito e inveja separaram estas duas raças. Há quinze anos atrás, durante a Grande Guerra de Willford, Kaira perdeu seu lar e sua família. Quando uma nova guerra se inicia, ela não faz ideia do que está por vir. Junto aos seus amigos, a jovem feiticeira deve cumprir uma difícil e importante missão: reunir os cinco clãs feiticeiros da nova República, em um único e poderoso exército.
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Saudações nobres,

A Chama da Esperança não foi lido, foi devorado em um único dia e essa resenha apresentou-se um desafio em virtude o quão denso e vasto é o universo criado por Lady M. V. Garcia. Por mais que esse primeiro livro seja só o começo, fui teleportada para cidades, paisagens, culturas e indivíduos muito diferentes. Eu me perdi nos confins do: Por onde começar? Porque, obviamente se foi lido em 1 – UM – dia, não faltaram méritos.
Então sim, é complicado fazer com que tudo isso seja transmito a vós de forma satisfatória e ainda esconder toda a qualquer revelação do enredo que possa prejudicar a vossa leitura.
Agradeço a autora pela confiança e também por ter proporcionado uma verdadeira aventura. Por fim, não só hoje, mas especialmente hoje, desejo toda a sorte e sucesso do mundo à Lady M. no lançamento oficial do livro. Tenho certeza absoluta que a leitura de A Chama da Esperança o levará a uma viagem completa, por um mundo mágico que habilmente combina elementos medievais, lendas e tecnologias. Dê uma chance à Kaira, ela sem dúvidas vos conquistará. 



De nada adianta o conhecimento se não se tem o poder da escolha.



Respirei fundo, fechei os olhos e me imaginei em colinas, árvores altas e uma aldeia, depois senti a brisa fria e a neve salpicar o rosto... A descrição é palpável, não sentirás ser mero espectador, mas alguém capaz de tocar os personagens. É com essa sensação que desejo que leias essa crítica e que acima de tudo sinta-a. Espero profundamente ser capaz de levar a vós tudo isso.
Geralmente o medo do diferente transforma as pessoas: encontra abrigo no ódio e em ações extremas. É o caso da relação entre humanos e feiticeiros em Yuan, em especial no Reino de Willford, onde a entrada dos feiticeiros é proibida. 
Acontece que Albert, o herdeiro de Willford se encanta por Rosalia – com seus cabelos dourados e olhos vermelhos – uma feiticeira, e ignorando todo o preconceito a eleva a Rainha. A felicidade dura pouco e com a queda do Rei, a vida não apenas da Rainha como de sua filha e legítima herdeira corre risco. A guerra se instala e os feiticeiros são caçados impiedosamente, assim como os humanos. Mal se sabe, no entanto, quem está por trás disso, de quem é a mente doente que se diverte com o derramamento de sangue.
Durante a fuga, Rosalia executa o que muitos imaginariam impossível e sem que ela mesma saiba bem o que realiza, sela a maior ameaça à vida de sua filha e finda – temporariamente – a guerra.
Com o fim das ofensivas, e os feiticeiros expulsos das redondezas, os mesmos fundaram os próprios reinos, cada qual guardando as características das quais seriam conhecidos. 
Com a morte do Rei e o banimento dos feiticeiros – e caça à Rainha e sua filha – Willford passou às mãos de Elliot, primo ambicioso e sem escrúpulos do antigo rei. Leve em consideração que o trono não é seu por direito, uma vez que a jovem – bastarda – Yukiko, é a detentora desse direito, na falta de herdeiros legítimos de Albert. 
Os feiticeiros se espalham pelo reino, formando a República Unificada dos 5 Grandes Clãs Feiticeiros.

“Os feiticeiros de Fogo, considerados guerreiros caçadores e de modos simples, adaptaram-se logo à vida nas planícies, vivendo da caça aos monstros e fazendo pequenas plantações ao longo dos poucos córregos que ali havia. E ficaram por ali, formando pequenas vilas espalhadas pela planície e, bem no centro, construíram sua capital, Flameria. Os feiticeiros de Água eram conhecidos por serem muito pacíficos, e grandes adoradores da natureza. (...) Os grupos da Água migraram para o norte, onde encontraram as frias Montanhas Liore, belíssimo lugar com muitas florestas boreais, repletas de pinheiros e cachoeiras, onde fundaram sua capital, escondida entre a floresta, Prime d’ Acqua. Os feiticeiros da Terra também eram considerados de modos “rudes”, como os de Fogo, e não se demoraram muito em procurar um local ideal; se instalaram nos desertos de Rockaxe. Os feiticeiros do Trovão, mestres da tecnologia, procuraram um local onde pudessem se instalar que oferecesse diversos recursos naturais e matéria prima. (...) Por fim, ficaram perto do rio Armon, onde construíram a maior das cinco capitais e orgulho dos feiticeiros de Trovão, a gigantesca e futurística Aluminia. Apenas o paradeiro dos enigmáticos feiticeiros do Ar era incerto.”.

Os primeiros a nos saudar são os moradores de um determinado e pequeno vilarejo de feiticeiros do fogo. São simples, nobres. E então aquela garota de longas madeixas loiras toma nossa atenção, é basicamente uma criança no corpo de uma jovem de 15 anos – criança no sentido de simplesmente não demonstrar preocupações e ter aquele brilho no olhar que vai se perdendo aos poucos –. Kaira não faz ideia de quem realmente seja, nem do que a espera.
Mas logo o sacrifício de Rosalia começa a perder o efeito e a rede intrincada de intrigas reconstrói a guerra, levando a morte a humanos e feiticeiros. 
É então que segredos são revelados, lágrimas são derramadas e Kaira deve finalmente erguer-se, não apenas como a última esperança de cessar a guerra, mas como salvadora e unificadora dos povos. Kaira precisará ser forte, imponente e ao mesmo tempo doce e segura. A jovem empreenderá uma jordana longa, passando por todos os grandes clãs e deverá desempenhar um papel em cada um deles. 
Ela não sabe se será bem recebida e se acreditarão em sua história, mas o futuro depende disso. A vida de todos depende disso. É uma mistura de responsabilidades para as quais ela não está preparada, e para tanto, personagens importantes são colocados habilmente ao seu redor. E ai se encontra o grande trunfo da autora: a partir de uma personagem simplória e ingênua construir uma líder. Alguém que os guerreiros seguirão até a morte, mas também alguém capaz de nos surpreender com atitudes meigas e inesperadas. Kaira por si só é uma miscelânea das grandes heroínas com as quais estamos acostumados, com – a meu ver – um toque de Serena/Sailor Moon que é incrivelmente nostálgico.
Quando afirmei que apesar de ser o primeiro volume, não foram poupadas batalhas emocionantes, mortes marcantes e desespero por parte do leitor, não estava brincando. M. V. Garcia pega mente e coração dos leitores e os coloca ao lado de Kaira e seus companheiros, então sim, eu estive em todos os lugares, lutando ao lado deles. A descrição dos cenários, das planícies, da simplicidade à eletricidade e tecnologia, das peculiaridades de cada clã, do sadismo e maldade de alguns ao sacrifício e amor de outros... Tudo será encontrado em A Chama da Esperança e é isso que desejo que sintas e compreenda. Há muito a ser dito – apesar de eu pouco o poder fazer – mas há muito mais a ser sentido!

Chego ao final dessa crítica a sentindo vazia se comparada à riqueza do universo apresentado nesta obra. Mas creia-me, assim o é, pois não desejo revelar nenhum detalhe da trama que possa tirar a surpresa ao ler... Então, apenas acredite-me, e leia A Chama da Esperança! É o primeiro passo de uma heroína grandiosa, e sei que ela ainda nos guarda grandes feitos. 



Ps.: Garo é meu personagem preferido e torcerei por ele, mesmo que Kaira não saiba – ainda – pelo que eu estarei torcendo.

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1 comentários:

  1. Nossa, que demora pra postar aqui!kkk. Já falei pelo face o quanto amei essa resenha, mas não custa vir aqui falar de novo, amei demais, fico muito feliz que tenha gostado tanto do livro! Muito obrigada pelo carinho! Bjs!

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