8
ação
Ares
Atena
crítica
Editora Leya
game
Kratos
Matthew Stover
Robert E. Vardeman
sangue
vísceras
Zeus
God of War I
Livro: God of War I – A história oficial que deu origem
ao jogo
Autores: Matthew Stover e
Robert E. Vardeman
Editora: Leya
Avaliação: 8
“Ele
já foi chamado de Fantasma de Esparta. Ele já foi chamado de Punho de Ares e
Campeão de Atena. Ele foi chamado de guerreiro. Um assassino. Um monstro.
Ele
foi todas essas coisas. E nenhuma delas.
Seu
nome é Kratos, e ele sabe quem são os verdadeiros monstros.”
A maior parte do livro parece um jogo de Atena e Zeus
para derrotar Ares. Kratos era a peça mais importante, era o guerreiro, o
cavalo. A preocupação em realidade da deusa da estratégia é garantir a segurança
e o trono do pai. E é notável um apreço exageradamente disfarçado dela por
Kratos.
A narrativa do autor é precisa e as descrições são
muito boas, principalmente nos quesitos sangue e vísceras. Chega até a ser mais
puritana que os fatos do game. Haverá sem dúvidas dificuldade em parar de ler: “lerei só mais um capítulo...” passarão-se muitas páginas e vários capítulos
até se ter força ou sono suficientes para soltar o livro.
Interessei-me pelo jogo por causa da mitologia e não
seria diferente com o livro. A personalidade dos deuses está bem aparente, e a
visão da Deusa Atena sai um pouco daquela costumeira, geralmente ela não é
imaginada tão fria e calculista, tirando o “afeto” dela pelo seu Kratos, todas as manobras são
milimetricamente analisadas e o seu poder de persuasão é bem fundamentado. Aparentemente
essas seriam as verdadeiras faces e pensamentos dos deuses, se é que um dia
existiram. Egocêntricos e preocupados unicamente com seus propósitos.
Ares é movido pura e simplesmente por loucura e um pouco de ganância. Mas basicamente loucura e sede de poder. E claro, o anseio de se vingar de Atena por roubar a sua arma.
Kratos é politicamente incorreto. Irritou, falou
demais, não saiu do caminho: ele mata. Sua mente é perturbada, o passado vive
mais nele do que é perceptível, e é quase impensável que ele tenha sido capaz
de desenvolver qualquer sentimento que não fosse relacionado à morte e
laceração. A força de vontade dele é incrível, o desejo de se livrar dos pesadelos e
do peso de seus crimes o mantém motivado perante todas as provações.
Culpe Ares, por acabar com um guerreiro anormalmente
prático e hábil ou culpe o guerreiro por ter não querer morrer e “dar” sua alma
ao Deus da Guerra.
O que mais revolta são as maquinações divinas, como se nada
importasse e tudo não passasse de diversão. Qualquer sofrimento pode ser visto
com um sorriso, milhares de mortes como um acontecimento notável de passivamente
se assistir. Mesmo Atena, mais benevolente, tem na sua lógica implacável um
impedimento a avaliar a perda dos seus adoradores como algo mais substancial.
Eu sabia como o livro acabaria por causa do game, mas
nem por isso deixou de ser interessante, pelo contrário: a leitura
foi ótima.
Recomendo para os de estômago menos sensível, que
gostem de ação, mitologia e obviamente games.
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