Nildrien - O Pergaminho


"Não deixe o ódio te cegar, pois se isso acontecer você se torna o seu pior inimigo."




  Livro: Nildrien - O Pergaminho
Autor: Manoel Batista
Editora: Novo Século (Novos Talentos da Literatura Brasileira)
Sinopse:
Em um mundo de fantasia medieval, o despertar de uma poderosa energia em uma caverna milenar e remota faz com que os mais poderosos reinos de Nildrien se mobilizem para conseguir o artefato portador do poder: um antigo pergaminho criado pelo maior de todos os magos, contendo feitiços capazes de afetar o equilíbrio mundial. Sem poder enviar seus mais experientes e poderosos membros, resta às forças de reinos aliados formarem um grupo de jovens aventureiros para enviá-los ao maior desafio de suas vidas: uma aventura entre guerreiros, magos e monstros que dividem um cenário onde o fantástico e a magia se mostram mais presentes do que nunca. Uma jornada que mudará para sempre a vida desses jovens, repleta de drama, ação e humor.
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Livro cedido em parceria com o autor


Saudações nobres,

“Nildrien – O pergaminho” pode ser considerado um RPG raiz: dragões, magos, elfos, flechas, espadas e magias para todos os lados. Não estou brincando, é bem sério. Todos os elementos estão ali, marcantes preenchendo as páginas. Não se assuste com as dimensões da obra. Afianço que valerá a pena percorrer o grande volume. O livro tem muitas frentes e muitos personagens, então, recomendo atenção aos detalhes, nomes e relações, isso facilitará muito a leitura. As descrições são minuciosas, tornando fácil o exercício de imaginar os cenários, vestimentas e aparência: o livro foi, de fato, escrito por um “Mestre”.
As primeiras 100 páginas passam de forma mais lenta, são todas as explicações, apresentações de personagens e suas habilidades, e o plano de fundo principal.
O enredo percorre a busca pelo pergaminho deixado por Arkross – poderoso mago –, escondido nas profundezas da Caverna Antiga. Segundo as lendas, aquele que possuir o pergaminho teria acesso a poderes inimagináveis e magias já perdidas, seu valor ultrapassa qualquer quantidade de ouro e joias. 
Como era de se esperar, um acontecimento desse porte desperta todas as formas de poder. E não seria diferente em Nildrien, onde os governantes se organizaram cada qual com a finalidade de procurar e resgatar o pergaminho: Nalim e Skyllus se uniram contra Asenhar – o reino das trevas – para o empreendimento. Seria inconcebível que Asenhar tivesse acesso a tais poderes.
Com o mapa em mãos, conseguido de forma suspeita, os membros do reino das trevas tomam a dianteira. Há uma dupla com acesso ao mapa que corre contra o tempo: além da aliança não tão comum, os dois pretendem chegar primeiro. E por fim, a Rainha Dyla convoca Damian para liderar a missão de Nalim/Skyllus e escolher cuidadosamente os membros, já que alguns foram selecionados ou enviado para ela: Reks e as três representantes do Reino da Luz. O grupo é heterogêneo – hábitos, habilidade, personalidades e status social –, e esses detalhes proporcionam chance de se conhecer bem o reino e os personagens em si. É importante ressaltar que – aparentemente – nenhum membro do alto escalão foi designado para a missão, a intenção é não chamar atenção para o empreendimento. Será?
Então, são três grupos distintos percorrendo caminhos mais ou menos iguais para chegar à Caverna Antiga e se apropriar do pergaminho que pode modificar a vida como ela é conhecida.
Encontros serão inevitáveis, embates e mortes também. Damian será capaz de retornar com o grupo completo? O grupo de Asenhar é imbatível como dizem e só possui o “mal encarnado”? Quais são os riscos oferecidos pela dupla que segue sem grandes infortúnios? O que acontecerá se todos se reunirem na Caverna Antiga? E o mais importante, quem sairá de lá com o pergaminho – se alguém sobreviver até encontrá-lo –?
Em determinado ponto do livro fica difícil interromper a leitura, e as páginas passam rápido demais. Para os que já se perguntam se tudo acaba no primeiro volume e se há um desfecho para a questão principal, a resposta é sim. Porém, há muito plano de fundo para ser desenvolvido, e Lorde Manoel já deixa pistas sobre o foco do segundo volume. Para os leitores desesperados – como eu – o coração consegue se aquietar parcialmente com o final, não tendo a necessidade insana de ameaçar – muito – o autor.
O livro possui diagramação simples, com capa chamativa e que condiz com o conteúdo do livro. Os capítulos não são longos a ponto de exaurir e como são intercalados pelos grupos, aguçam a curiosidade. Recomendo, por fim, que a segunda edição passe por revisão mais criteriosa, algumas repetições podem ser trabalhadas, assim como pequenos erros.
Recomendo a leitura para todos que estejam familiarizados com literatura medieval e que se identifiquem com o tema, além desses, para os que precisam – e devem – conhecer a literatura fantástica nacional.





"Como acabei de lhe dizer, para tudo existe um motivo... Toda e qualquer criatura, todo e qualquer encontro que você venha a ter com qualquer pessoa em vossa vida, tudo isto não é mera coincidência, sempre há uma razão para tal e em nosso caso não é diferente"

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