Ela nunca ganhou flores

Saudações nobres,

Depois de um bom tempo sem passar perto de um momento criativo [?], as crônicas estão de volta ao Castelo. Vale ressaltar que sim, sou a autora das crônicas postadas e qualquer cópia sem a prévia e devida autorização é ilegal.
Recentemente, inclusive, descobri que sou melhor narrada em primeira pessoa, o que de certa forma é irônico porque prefiro imensamente livros narrados em terceira...


Ela nunca ganhou flores


Eu nunca ganhei flores. Mentira, ganhei na formatura da oitava série, begonias amarelas; e uma rosa vermelha no dia dos namorados. Mas aquela sensação de borboletas no estômago e dos olhos saltados ao dizer "eu ganhei flores", não. Desconheço a sensação. 
Cá estou eu, a noite no quarto iluminado pelos carros que passam na avenida movimentada mesmo tão tarde, com o cabelo rosa berrante e essa profusão de tatuagens, fantasiando segredos. Imaginando uma viagem próxima à Londres. E pensando mais mil e uma coisas mais ou menos importantes que preciso fazer amanhã. Eu realmente queria desligar. Dormir, só dormir. Mas não, meu cérebro inquieto e ansioso me rouba preciosas horas de sono felino. Felino sim, porque eu amo dormir. À noite, de manhã ou à tarde. É só me dar uns minutinhos que eu pego no sono. Frio ou quente. Não importa. Prefiro no frio, quem não prefere? O inverno é uma concepção perfeita da vida. O mundo e principalmente as pessoas ficam mais bonitas. O sol também me incomoda. Sinceramente não vejo grandes motivos para ele me acordar de maneira irritante todos os dias. Dias nublados são perfeitamente aceitáveis. 
E sim, gosto infinitamente de advérbios e de reclamar! Sou ótima na bela e entusiasta arte da reclamação.

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1 comentários:

  1. Gostei da crônica, nunca ganhei flores também nenhuma unica flor, talvez quem sabe um dia eu ganhe.

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