Primeiras Impressões

Saudações nobres,
Hoje venho com a crítica do livro “Primeiras Impressões” cedido pela autora parceira LRDO.
Como sabem da minha paixão por Jane Austen, já podem supor o meu entusiasmo por esse livro: afirmo que de forma alguma me decepcionei!
A segunda edição do livro sairá em abril, tanto em ebook quando física, e nos agradecimentos há citados, todos os blogs parceiros de Lady Laís. Creio que a alegria que senti ao ver o nome do Castelo naquelas páginas seja a mesma de um autor ao receber uma crítica positiva...


Livro: Primeiras Impressões
Autora: LRDO
Editora: Kiron
Avaliação: 9,5
Sinopse:
Primeiras Impressões é uma adaptação moderna do clássico Orgulho e Preconceito de Jane Austen. O romance eterno de Lizzie e do Sr. Darcy é situado desta vez entre paisagens paradisíacas do Brasil e cenários surpreendentes dos Estados Unidos, em um relacionamento complexo entre uma carioca sarcástica e brilhante e um político americano de uma família conservadora.
Skoob 


É a segunda releitura de Orgulho e Preconceito que leio em pouco tempo. E o mais interessante é notar as diferenças que os autores foram capazes de estabelecer e ainda assim deixar os personagens muito fiéis à obra original.

Ler "Primeiras Impressões" trouxe de volta os mesmos sentimentos em relação à Lizzie e Darcy. O relacionamento dos dois é complexo, mais pelas personalidades/responsabilidades/preconceito dos dois.

Nessa visão da Lady Lais, Charles Bing é dono de uma rede de restaurantes bem sucedida e deseja abrir um filial no Brasil. Que melhor lugar para se decidir do que numa ilha particular em Búzios? Charles é um tanto avoado e crente nos comentários daqueles que o cercam, basicamente um inocente...
Darcy acompanha-o para se assegurar de que o amigo não fará nenhuma das loucuras das quais está acostumado, ou mesmo se aventurar num romance que não dará em nada, além de desilusões. Devo destacar que pude imaginar bem o bronzeado de escritório que Darcy possuía. Falando em Darcy: “Oh Darcy...” há algum modo de não nos apaixonarmos por tal personagem? Seja um cavalheiro, um hispter ou um político renomado, ele sempre achará uma brecha em nossos corações. Na versão de Lady Lais, consegui até mesmo achá-lo menos arrogante, mais desesperado e mais apaixonado. E por último, na bagagem temos a doce Caroline, numa versão tão antipática quanto em qualquer uma que venha a existir. 

Girando o panorama para as Benevides, nos vemos metidos no ramo/negócio hoteleiro. As pousadas da família estão cada vez mais famosas e lucrativas, renda essa que proporciona uma educação impecável às meninas, com direito a intercâmbio e faculdades no exterior.
A escolha da profissão de Jane foi uma surpresa: confesso que imaginar Jane como advogada é um tanto complexo, não consigo ver a personagem como advogada de acusação, somente de defesa, nos casos que acredita piamente no seu cliente. Por outro lado, Lizzie está no lugar certo! Ela deve ser uma escritora, é o que esperamos e almejamos que ela seja. A visão de uma Lizzie com corpo escultural e pele dourada também me surpreendeu, esperava a pele pálida de uma rata de biblioteca.

Um dos pontos mais interessantes, como já citado, foi ver parte da narrativa se desenvolver no Brasil, enquanto lia, ri enquanto falavam da temperatura da água em Búzios, perdoe-me cariocas, nunca achei a água daí numa temperatura que me fizesse arriscar sair da areia...

Notei também, que assim como em "O Diário Secreto de Lizzie Bennet" a personagem Kitty foi deixada de lado. Como ela é basicamente uma cópia da Lídia, não se nota esse pormenor. 

Quanto ao enredo, não há críticas. A história segue seu rumo, sem grandes divagações e nos mostra os perigos de "primeiras impressões" e de pré-julgamentos. Lizzie, sobretudo, é quem mais erra nesse ponto, se enganando por mais de uma vez e sendo certamente injusta em uma delas.

A participação maior de Georgiana dá um toque especial aos Darcy, deixando entrever o outro Frederick. Aquele que gostamos de imaginar e que raramente se deixa ver nas páginas do livro. 

E o que seria de Orgulho e Preconceito sem o grande escândalo? A meu ver o final de Wickham, deixou algo a desejar - não por inabilidade da autora - mas por desejar vê-lo sofrer... Confesso que também gostaria de torturar um pouco Lídia e Janaína por sua incapacidade de educar uma das filhas.

A relação dos pais das Benevides, aqui é menos aparente do que na obra de Jane Austen, as meninas se viram melhor sozinhas, como uma amostra de que os tempos são outros e que as jovens levam uma vida mais afastada da casa paterna.

Concluo respondendo a uma das perguntas feitas à Lady Laís em sua entrevista: Por que ler Primeiras Impressões? Porque é um excelente romance por si próprio, sem precisar se valer de sua inspiração. E para os fãs de Jane, é um alento, um carinho e uma demonstração imensa de admiração!


 
Obra Original
Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.
Skoob 


Orgulho e Preconceito já foi adaptado diversas vezes no cinema e na literatura, em especial citarei o filme de 2005 e O Diário Secreto de Lizzie Bennet.

Filme
Essa adaptação de 2005 foi dirigida por Joe Wright e adaptada por Deborah Moggach, com estreia em no Brasil em 10 de fevereiro de 2006. Atuando como os personagens principais Keira Knightley e Matthew Macfadyen.
Algumas das mais notáveis mudanças com relação ao livro original incluem:
·        Maior tempo para compreensão de várias sequências mais longas, incluindo a visita de Elizabeth a Rosings Park, Hunsford Parsonage e Pemberley, e a fuga de Lydia e suas crises subsequentes.
·        A eliminação de vários personagens de apoio, incluindo Louisa Hurst, Sr. Hurst, Maria Lucas, Sr. e Sra. Phillips, os filhos dos Gardiners e vários oficiais militares e habitantes da cidade.
·        A eliminação de diversas seções nas quais os personagens refletem ou conversam sobre eventos que ocorreram recentemente - por exemplo, o capítulo em que Elizabeth muda de opinião depois de ler a carta de Darcy.
·        Os cineastas mudaram várias cenas para locais mais românticos que os do livro. Por exemplo, no filme, Darcy pede Elizabeth em casamento pela primeira vez em um local ao ar livre, perto de um lago, com muita chuva. No livro, isso acontece em um presbitério. No filme, o segundo pedido acorre em uma charneca ao amanhecer; no livro, ele e Elizabeth estão caminhando juntos em um campo, à luz do dia.
·        A edição americana do filme inclui uma cena final (que não está presente no livro) que mostra os dois casados, se divertindo juntos em Pemberley. Esse final não foi bem aceito pelo público britânico, então isso foi cortado da edição do Reino Unido e da internacional. Essa versão termina com o consentimento do Sr. Bennet ao casamento de Darcy e Elizabeth, cortando então o último capítulo do livro, que resume a vida de Darcy e dos outros personagens principais durante os anos seguintes.

Ainda em relação ao filme de 2005, no início do mesmo a personagem Elizabeth aparece lendo um livro chamado "First Impressions". Trata-se do título original dado por Jane Austen a "Orgulho e Preconceito", que posteriormente mudou de nome.





O Diário Secreto de Lizze Bennet



 O Diário Secreto de Lizzie Bennet - Uma adaptação moderna de Orgulho e Preconceito, baseada na série The Lizzie Bennet Diaries.
Lizzie Bennet é uma jovem estudante de comunicação que resolve fazer um vlog como projeto para a faculdade, postando vídeos em que reflete sobre sua vida e a de suas irmãs. Quando dois amigos ricos e charmosos chegam à cidade, as coisas começam a ficar mais interessantes para as irmãs Bennet - e para os seguidores de Lizzie na internet.
De repente, Lizzie - que sempre se considerou uma garota bastante normal - se torna uma figura pública. Mas nem tudo acontece diante das câmeras. E, felizmente para nós, ela escreve um diário secreto.


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3 comentários:

  1. Ual!
    PRIMEIRO: Que caba mais apaixonante essa de Primeiras Impressões.
    Segundo: Amo romance complexo!
    Terceiro: Não me mate, mas nunca assisti Orgulho e Preconceito nem li o livro O Diário Secreto de Lizze Bennet. Preciso tomar juízo, ler o livro Primeiras Impressões que me deixou com boas impressões kkkk e assistir o filme Orgulho e Preconceito porque sempre quis mas nunca peguei pra assistir.
    Enfim, beijos e bom final de semana Queen!

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  2. A primeira coisa que tenho a dizer é: Que capa linda!
    Nunca li Orgulho e preconceito, e nenhuma releitura.
    Mas, a proposta desse livro parece ser bem legal. (Eu já disse que achei a capa linda?)

    Beijos

    Ana - http://okaygrandesobsessoes.blogspot.com.br/

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  3. Oi Ana!! Gostei muito da sua postagem! Não conhecia essas releituras! Também gosto muito da Jane!!! Vou procurar e ver se encontro essa série para assistir! Achei super interessante! Assisti ao filme e também gostei muito! Tenho até o DVD!! rsrsrs

    Beijinhos

    Mirelle - Meu Mundo Em Tons Pastéis

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