Livros:
Trilogia "As Peças Infernais"
Anjo Mecânico
Príncipe Mecânico
Princesa Mecânica
Autora:
Cassandra Clare
Editora:
Galera Record
Avaliação: 10
Comentários necessários
antes da leitura da crítica:
- Não postei nenhum
sobrenome, ficará mais divertido vocês mesmos lerem.
- Todas as vezes que me
referir a trilogia será Peças Infernais e série será Instrumentos Mortais.
- Abstive-me de apontar
alguns personagens, pois seria spoiler e não quero estragar a surpresa de
ninguém.
- Foi difícil não dar
spoiler!
- Magnus Bane, sem mais.
“Quando
duas pessoas são uma em seus corações, destroem até mesmo a força do ferro e do
bronze”
A trilogia
cronologicamente acontece 129 anos antes da série Instrumentos Mortais. Para
quem não leu Instrumentos Mortais ainda, fica a dica de que pode ser mais legal
ler Peças Infernais primeiro. Há muitas explicações que fazem todo sentido na leitura
da série seguinte, personagens que conhecemos apenas pelo nome e temos a chance
de saber quem realmente foram, como pensavam e de que maneira influenciaram a
geração futura.
Se me pedissem para
escolher entre essa trilogia e a série, ficaria sem pestanejar com Peças
Infernais. Seja pela Era Vitoriana e todo o seu charme, ou pelos personagens
que me conquistaram com mais força.
Tessa Gray sai de Nova
Iorque para Londres onde deverá encontrar com o irmão Nathaniel. É recepcionada,
no entanto por duas senhoras que lhe apresentam uma carta do irmão informando
que poderia confiar nas mesmas. Quem acreditaria que estava indo para uma
armadilha e que ela não tem nem ideia do que realmente é?
Peças Infernais começa num
ritmo acelerado e do tipo que te prenderá por horas. Apresentam-nos logo de
cara os Caçadores de Sombras Jem e Will. Parabatais há alguns anos e inseparáveis
apesar das personalidades completamente diferentes.
Will tem o dom de machucar
e manter as pessoas ao redor distantes, dizer o que pode causar maior
constrangimento e é absurdamente convencido. Lembra alguém de Instrumentos
Mortais? Muito embora seja apenas para manter a aparência e talvez algo mais...
Jem é o único que se vê livre da aura negra do Will. Cabelos pretos e belíssimos
olhos azuis. É claro que ele é lindo! Nosso protagonista gosta de ler.
Jem tem cabelos e olhos
claros, com claros quero dizer brancos acinzentados em virtude da sua doença. Nem
por isso exerce menos fascínio que seu amigo. É reservado, calmo e apaixonado
por música. Também é o único capaz de frear os impulsos loucos de Will.
Tessa com seus cabelos
castanhos longos e olhos cinzentos é bonita, curiosa e completamente louca por
livros. Sabe citar várias passagens e no auge do desespero gosta de fingir que
é alguma personagem dos livros que lê. É cativante, corajosa e completamente
devota daqueles que lhe são importantes.
Depois de algumas
reviravoltas, Tessa vai parar no Instituto de Londres. Onde além dos dois já
apresentados residem Charlotte – que é quem dirige o Instituto – e Henry seu
marido. Ambos comandam o lugar habilmente, porém com carinho, cercando a todos
de cuidados. Não se fie na aparência frágil de Charlotte... Henry é levemente
deslumbrado com suas invenções que vez ou outra dão errado, na maioria dos
casos são absurdamente úteis e terão papel decisivo na trama.
Temos que tolerar ainda a
loura e linda Jessamine, filha de Caçadores de Sombras que após a morte dos
pais é enviada para o Instituto. Ela decididamente não gosta de ser quem é.
Por fim, mas não menos
importante para a presente crítica, temos Sophie Collins, uma das empregadas do
Instituto, mundana, mas com visão que permite enxergar o mundo como ele
realmente é: com caçadores, demônios e as criaturas adoráveis do submundo. Ela é
treinada em combate.
A chegada da moça – Tessa –
que já se sabe não ser mundana, embora ninguém saiba de fato o que ela é, causa
reboliço e para que nossos corações não se aquietem há um triângulo amoroso!
Nosso vilão é mal, vil e
cruel! O Magistrado é psicótico e não parará até ter destruído todos os
Caçadores de Sombras. Com um toque steampunk, ele mostrará que pode fazer
coisas muito além da imaginação. Como diria Jace: “Não confie em ninguém.”
Princesa Mecânica tem um
dos finais mais surpreendentes que eu já li! Fiquei impressionada, sem palavras
e com o coração apertado feito em pedacinhos bem pequenos – colados depois –...
E claro, não seria a Rainha se não houvesse lágrimas.
Quero saber a opinião de
quem já leu, se concordam ou não comigo. Gostaria que lessem, porque eu
realmente acho que todos devem ler Peças Infernais! – Rainha apaixonada. –
Para os mais aficionados,
há ainda os mangás baseados na trilogia. Achei o traço bonito e devo me basear
exatamente numa das imagens para o meu futuro cosplay de Tessa. O idioma é
italiano, então a leitura não será tão complicada.
Vale uma visita ao TMI Source
onde alguns detalhes da nova trilogia já foram dados. Ela se passará após
Instrumentos Mortais e quem já tiver lido Peças Infernais saberá um pouco sobre
os protagonistas.
“...finalmente
a roda completou o ciclo.”
“Para
onde ires eu irei
Onde
morreres, eu morrerei, e lá serei enterrado
O
anjo o fez para mim, mas também
Nada
senão a morte partirá a mim e a ti.”